portrait of my mind

segunda-feira, março 31, 2008

Livro

Percorro a Fnac de ponta a ponta, a secção dos livros, é como íman, tenho de passar lá sempre - e na parte de fotografia também - posso não comprar nada, mas o simples tocar nos livros, ler algumas frases aqui e ali, deixa-me um intenso sabor doce e suave na alma - onde fica essa coisa? - no entanto, às vezes sinto-me em falta com os livros, por desfolhá-los e deixá-los na parteleira de novo, que acabo por comprá-los. Compro, sim, mas ler... leio um capítulo, mais um e outro, mas acabo sempre por deixá-los acumular na mesinha de cabeceira. Neste momento estão lá três. E não é porque são chatos ou de díficil leitura... é mesmo porque sim! Passado algum tempo, volto a olhar para eles, e tenho sempre de ler uns capítulos antes para me pôr a par do que se passou. A verdade é que sempre que acabo de ler um livro, toda a sua história se perde. Podem ficar algumas expressões ou sensações mas depois... puff! O título raramente permanece na minha memória - definitivamente, não tenho grande memória, não rima nem pela qualidade nem pela grandiosidade hehe - muito menos o autor. O livro que mais me empurrou para a leitura, tinha mesmo que chegar ao fim, foram alguns confesso, mas o último foi o "O Código da Vinci", isto porque a cada leitura encontrava algo de novo, inacreditávelmente interessante e ... e quando cheguei ao fim - "mas porque raio li isto tão depressa?" - apetecia voltar a ler tudo de novo.
Às vezes apetece-me sublinhar, riscar, apontar e sei lá... nos livros que leio, mas não consigo, gosto de os ver bem tratados apesar da minha vontade imensa de lhes dar vida, a bem ver, eu compro-os, leio, re leio, pouso-os na mesinha de cabeceira, guardo-os na estante... e depois? Alguns têm a sorte de serem emprestados, mas e os outros? Permanecem fechados na estante, de vez enquando lá os retiro e volto a pôr - para limpar o pó, digo-vos já - mas e depois?
Se eu fosse um livro, gostava de ser um em branco. Tamanho de bolso. Pronto a ser escrevinhado, rabiscado, desenhado, dedicado... e podia até viajar, isso sim era fantástico! Seria, portanto, um moleskine! Um "livro" com classe, hein?

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