portrait of my mind

quarta-feira, dezembro 19, 2007

És Feliz?

"Não acredito em Felicidade, acredito em momentos felizes."
Se sou feliz? Vivo de momentos felizes, como este... agora!
Nunca sentiram a sensação de que quando tudo corre bem, aproxima-se uma maré de tristeza, onde tudo corre... não muito bem!? Eu sinto isso... sempre! Sempre que me rio às gargalhadas, espero pelo momento de equilíbrio onde podem até cair algumas lágrimas, mas não de tanto rir.
Este ano, se percorrer o tempo de Janeiro até hoje, foi um grande momento feliz. Está a ser! Mas no entanto proponho que 2008 seja um pouco de 2007... vá lá 2008 eu sei que conseguimos! Tanta coisa mudou, tanto ficou por mudar, 2008 é sem dúvida um ano de esperança.
A minha esperança. A procura de um equilíbrio.
Aquele que me irá fazer voar. Literalmente!

Desejo a todos um Feliz Natal e um 2008 pleno de momentos felizes!

[Nunca voltes ao lugar Onde já foste feliz Por muito que o coração diga Não faças o que ele diz]

sábado, dezembro 01, 2007

amo tracinho te

"Estou apaixonado pelo amor, mas tão terrivelmente apaixonado que ponho a palavra em todo o lado, decompondo-a repetidamente em todas as letras com que é escrita, e vejo-a em tudo para onde olho, e noto-a em tudo o que noto, e sinto-a em tudo o que sinto, e deixo-a onde sempre quero, que é invariavelmente naquilo em que preciso para ser feliz, e chamo-lhe nomes baixinho, segredo-lhe suspiros ao ouvido, toco-a enquanto escrevo nas linhas da mão.
E eu, que não sei bem se acredite ou não em Deus, acredito tanto nela que mesmo se Deus viesse para pôr ali o seu dedo, julgo que ficaria como eu, parado, deslumbrado, tão petrificadamente emocionado que acabaria por perceber que mais nada valeria a pena fazer, pois que assim já estava perfeito. Até que, como um menino (em Deus-menino acredito muito facilmente), rebolaria na areia até ficar croquete, lançar ao mar numa garrafa, vidro verde meio baço, tampa cuidadosamente calafetada, uma mensagem em letra mal escrita de espuma de apenas uma palavra: amo tracinho te.
Gosto muito da palavra amor, mas gosto ainda mais daquilo para que ela serve."
in: Preciso de ti, Pedro Strecht, Assírio & Alvim, Lisboa, 1999, pág. 35.