portrait of my mind

segunda-feira, dezembro 05, 2005

porque sim.

dez horas da noite. entro no carro. abro a janela. o cd dos Coldplay começa a tocar, ao ligar o carro. sigo pela rua principal. nataliciamente iluminada. viro à direita. paro no stop. arranco no verde. ultrapasso. contorno a rotunda. viro de novo à direita. estaciono. fecho a janela e desligo o carro. chego ao parque. deserto. deito-me na relva. sozinha. admiro as estrelas. muitas. unindo-as, faço desenhos no ar. como fazia em pequena. penso. nas pessoas que já conheci. tão diferentes. nos amigos. os que permanecem e os que desapareceram. nos 573 contactos que tenho no telemóvel. que nem sequer toca. na necessidade de fugir. para longe! na necessidade de mudar. mudar de vida. subitamente. sinto a chuva a escorrer pelo meu rosto. permaneço imóvel. sem em nada pensar. sorrio. o parque continua deserto. mas não estou sozinha. eu, a lua, a relva, a chuva e as estrelas. levanto-me. danço. danço ao som da chuva. liberto todos os pensamentos negativos. sinto-me leve. dou pulos de felicidade. 23h37m. a chuva pára. deixo-me cair de novo na relva. molhada. vejo uma estrela cadente. peço um desejo. o mesmo de sempre. e decido aproveitar a vida. ao máximo. hoje. agora.

[porque a vida é feita de altos e baixos, porque há momentos em que precisamos estar sozinhos, e outros que nos cansamos de estar sós, porque a vida é assim, porque sim.]

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